EPISÓDIO PILOTO - BATE PAPO COM RONNY LEITE, SUPERAÇÕES!!!

Junei Martins [00:00:01]:

Oi, seja muito bem-vinda, seja muito bem-vindo ao "Unaí por aí Cast", por aqui Junei Martins. Hoje nós temos episódio que é uma verdadeira essência da superação. Você acredita que é possível sair de distrito pequeno, né? E conquistar cargo público disputadíssimo? Pois então prepare-se, prepare-se para ter todas as suas crenças desafiadas. Começa agora. Por aí. Hoje eu vou conversar com Rony Leite que apesar de uma origem humilde conseguiu alcançar uma vaga como servidor público prepare-se. Aí por aí, cast, apoio, supermercado Paiva. Esse episódio é único porque nós vamos falar sobre as raízes, sobre os desafios, a trajetória, a motivação, que levaram o Ronny Leite alcançar o seu objetivo e tudo isso trará insights e ferramentas pra você aplicar na sua própria vida. O Nair por aí Caste apoio União Nutrição Animal. Então nós vamos tocar em assuntos como superação, eficiência no serviço público e como Rony equilibra a vida profissional e pessoal, você não vai querer perder, né? Põe aí por aí já começou. Nascido no distrito do cercado no município de Uruana, Uruana de Minas, o nosso convidado partiu de uma origem humilde e conseguiu alcançar o seu objetivo de ingressar no serviço público. Então nós damos as nossas boas vindas ao Rony Leite, seja bem-vindo Rony. Seja bem-vindo

Ronny Leite [00:02:01]:

Rony bem-vindo Rony.

Junei Martins [00:02:05]:

Tudo bem Rony?

Ronny Leite [00:02:06]:

Tudo bem Júlio, e o senhor?

Junei Martins [00:02:08]:

Tudo bem por aqui, vamos lá então, Rony. Vamos começar aqui o nosso bate-papo, a nossa edição do podcast, já com quebra-gelo, né? E a pergunta é se você tivesse, Rony, uma máquina do tempo, pudesse viajar no tempo, pra onde que você iria e pra que época que você iria passar do futuro? Pra onde e pra quando você iria e por quê, Rony?

Ronny Leite [00:02:33]:

Rapaz, eu acho que uma decisão inteligente seria ir para o futuro e ver o que aconteceu lá.

Junei Martins [00:02:40]:

O que aconteceu no futuro, Rony?

Ronny Leite [00:02:43]:

De repente a gente já vê as cagadas que a gente aprontou e na hora que volta já conserta isso.

Junei Martins [00:02:48]:

Ah, você quer se antecipar, então você quer ir pra te encontrar, encontrar o Rony do futuro.

Ronny Leite [00:02:53]:

Exatamente, ir pro passado pra tentar consertar alguma coisa que já foi feita. Eu não tenho vontade.

Junei Martins [00:02:59]:

Tem não, né Rony? Bacana. Então vamos lá, Rony, já que você quer ir pro futuro, mas a minha pergunta é a seguinte aqui, ela tem a ver com o seu passado, pouquinho da sua infância, como é que foi sua infância? Conta aí pra gente.

Ronny Leite [00:03:16]:

Rapaz, a minha infância, pra te falar a verdade, eu tenho pouquíssimas lembranças, são lápisos de memória. Quando eu saí do cercado, minha família se mudou do cercado pra Unaí, eu ainda era muito novo ainda, eu tinha cerca de uns 5 anos de idade. O que

Junei Martins [00:03:31]:

que é o cercado, Rony?

Ronny Leite [00:03:32]:

O cercado é distrito, distrito de Uruana de Minas.

Junei Martins [00:03:36]:

Distrito é povoado, uma vila, o que seria distrito?

Ronny Leite [00:03:40]:

É povoado na área rural, é bem pequeno mesmo.

Junei Martins [00:03:44]:

Quantas casas, quantos habitantes hoje, em 2023, residem lá?

Ronny Leite [00:03:47]:

Ah, agora o senhor me apertou feio demais, mas acredito que... Sei lá.

Junei Martins [00:03:52]:

Na sua infância, você lembra quantas casas tinham lá?

Ronny Leite [00:03:55]:

Ah, vamos dizer que tinha aí uns... Sei lá, uns 10 quarteirões.

Junei Martins [00:03:59]:

10 quarteirões, tá. E você se lembra de pouca coisa?

Ronny Leite [00:04:03]:

Tudo muito rural ainda, o pessoal fazia aquelas criações lá. Eu lembro de histórias que o pessoal fazia criações de porco, por exemplo, faziam essas criações com os animais soltos, assim, no lote, não precisava nem de chiqueiro, de tamanho era a tranquilidade do lugar.

Junei Martins [00:04:17]:

Era uma infância feliz, Rony?

Ronny Leite [00:04:19]:

Ah, era sim, não tenho lembranças tristes, não.

Junei Martins [00:04:21]:

É? Você era uma criança traquina?

Ronny Leite [00:04:23]:

Era nada, senhor, nunca dei trabalho, não.

Junei Martins [00:04:27]:

Você aprendeu a mentir desde cedo ou só depois que cresceu?

Ronny Leite [00:04:34]:

Nada, nada. Vamos fazer uma futura edição pra gente trazer testemunhos aqui pra testarem a minha atenção.

Junei Martins [00:04:41]:

A veracidade da sua declaração aí.

Ronny Leite [00:04:43]:

A veracidade da minha declaração.

Junei Martins [00:04:45]:

Pronto! Rony, quem são os seus pais?

Ronny Leite [00:05:04]:

Meu pai é o Quintino Leite da Silva e a minha mãe é a dona Ana Bispo da Silva.

Junei Martins [00:05:11]:

E que impacto que eles tiveram aí na sua trajetória? Quem é seu pai pra você, sua mãe pra você? Fale-nos sobre eles.

Ronny Leite [00:05:18]:

Cara, o meu pai, eu sou o décimo filho, né? Eu sou o mais novo de uma leva aí de 10 pessoas da Terra, tá? Que são filhos aí da dona Ana e do Quintino.

Junei Martins [00:05:29]:

Então, o time de futebol e seu Quintino é o técnico.

Ronny Leite [00:05:32]:

Mais ou menos por aí. Então meu pai sempre teve muito ocupado, trabalhando muito pra sustentar esse tanto de gente aí. Meus irmãos mais velhos sempre trabalharam com ele também. Então o contato que eu tive com ele direto assim foi muito louco. A minha formação eu acredito que ela foi forjada assim mais pela minha mãe mesmo que sempre teve mais presente.

Junei Martins [00:05:54]:

A idade do seu pai da sua mãe

Ronny Leite [00:05:56]:

a minha mãe vai fazer 70 anos. O meu pai eu vou cometer agarfo de não saber quantos anos que ele tinha quando ele faleceu.

Junei Martins [00:06:04]:

Ah tá, ele já nos deixou, né? Nós estamos em 2023. Isso. Então tá. O Rony é casado e tem uma filha.

Ronny Leite [00:06:17]:

Sou casado com a digníssima Bruna Pacheco e sou pai da intitulada gloriosa Sarinha.

Junei Martins [00:06:24]:

Tá certo. Como que eles são suporte na sua carreira, Rony? São?

Ronny Leite [00:06:30]:

Te inspiram? De que forma? Com certeza, né? Motivo, né? De a gente continuar tocando. É a força que a gente precisa para seguir.

Junei Martins [00:06:37]:

É Sara, é o nome da sua filha, esse nome foi escolhido como? Tem uma história por trás desse nome?

Ronny Leite [00:06:43]:

Tem cara, tem uma história, quando a gente foi escolher esse nome, a gente fez lá aquela famosa listinha de nomes masculinos e femininos até o momento que a gente não sabia qual seria o sexo dela, o sexo do nosso filho e aí Sara estava lá no nome na listinha de nomes femininos, obviamente.

Junei Martins [00:07:03]:

Sim, sim, claro.

Ronny Leite [00:07:04]:

Na verdade, minto. Sara não. Sansara.

Junei Martins [00:07:08]:

Sansara?

Ronny Leite [00:07:09]:

Sansara era pra ser o nome dela. Inclusive, tem uma história curiosa. No dia que a gente foi registrar ela, que o pessoal do cartório não aceitou que a gente colocasse Samsara. Ah,

Junei Martins [00:07:19]:

mas por que Samsara?

Ronny Leite [00:07:21]:

Samsara, cara, era... A gente viu em algum lugar, não me recordo se foi em filme ou em que foi, mas era de origem indígena, de uma tribo indígena. Ah, compreendi. Significa o fluxo incestante entre vidas.

Junei Martins [00:07:34]:

Olha só, bem significativo.

Ronny Leite [00:07:37]:

Bem significativo. Aí no dia que a gente foi fazer o registro, o pessoal não aceitou colocar esse nome completo. Eles disseram que se a gente quisesse colocar realmente esse nome, a gente teria que entrar no processo. Enfim, seria uma coisa muito trabalhosa. E aí como eu e a Bruna, a gente sempre teve uma certa facilidade para resolver os nossos dilemas na hora mesmo isso foi resolvido. Perguntei a moça lá do atendimento e Sara pode? Ela falou Sara pode. Aí ficou Sara. Eu dei aquela leve olhadinha pra digníssima Bruna, sabe aquela de aquela olhadinha de confirmação? Sei. E ele ficou sendo isso.

Junei Martins [00:08:13]:

Tá e e Sansara tinha sido escolha conjunta também ou tinha sido a partir da Bruna ou de ti?

Ronny Leite [00:08:18]:

A Sansara partiu da Bruna mas foi super apoiado por mim também, foi no fim foi uma escolha de ambos.

Junei Martins [00:08:25]:

Compreendi, e se fosse rapaz, quais eram as opções, Rony?

Ronny Leite [00:08:28]:

Ó, cê acredita que eu não lembro quais eram os nomes?

Junei Martins [00:08:31]:

Ixi, Então vai ficar difícil pro próximo aí, né?

Ronny Leite [00:08:34]:

A gente tem uma lista pro futuro.

Junei Martins [00:08:36]:

Ah, já tem?

Ronny Leite [00:08:38]:

Inclusive, inspirada no encontro em que o senhor estava presente.

Junei Martins [00:08:42]:

Olha só.

Ronny Leite [00:08:44]:

Tem nome aí

Junei Martins [00:08:45]:

que tá

Ronny Leite [00:08:45]:

sendo muito cotado, que é o Caetano, filho do Cristiano.

Junei Martins [00:08:56]:

Olha só que interessante, será que já vai vir chará pra ele? Que legal, hein? Ele vai gostar então, Você gosta desse nome, claro, né?

Ronny Leite [00:09:05]:

Com certeza. Tem uma sonoridade muito bonita.

Junei Martins [00:09:08]:

Bacana. Rony, você se tornou servidor público, teve momento decisivo na sua vida que levou você a se tornar servidor público? Que momento foi esse?

Ronny Leite [00:09:21]:

Cara, quando eu saí do ensino médio, é aquela coisa de... Dessa faixa socioeconômica em que eu me encontrava, que o rapaz ele sai do ensino médio e ele sai totalmente vendido ali sem saber o que vai fazer. E aí eu já tinha uma certa uma certa facilidade com os estudos e via nos estudos uma chance de ter uma vida pouco melhor.

Junei Martins [00:09:42]:

Entendi.

Ronny Leite [00:09:43]:

Inclusive esse era o objetivo dos meus irmãos mais velhos e dos meus pais pra mudar do distrito do cercado e vir pra UNAI. E era na intenção de oferecer pra gente uma melhor... Aí a gente, meus irmãos mais velhos e os meus pais optaram por sair do cercado e vir pra UNAI pra que a gente, os filhos mais novos, tivessem mais acesso à educação e uma maior chance de conseguir criar caminho que fosse construído através dos estudos.

Junei Martins [00:10:12]:

Compreendi.

Ronny Leite [00:10:13]:

E aí logo que eu saí do ensino médio, eu consegui uma bolsa para fazer faculdade aqui no Inesc e aí nessa faculdade no Inesc eu conheci o Pedro, Pedro Henrique Alves Teixeira. Ele era servidor do SAI e aí teve uma época que abriu processo seletivo pra contratação de estagiários. E aí foi por meio dele que eu tive conhecimento desse mundo do serviço público e etc. E eu vi naquilo ali algo que me pareceu muito bom. E aí eu falei, talvez eu consiga ingressar nesse caminho aqui e conseguir serviço melhor pouquinho.

Junei Martins [00:10:50]:

E deu certo.

Ronny Leite [00:10:51]:

Aí acabando que eu consegui passar nesse processo seletivo lá pro SAI, né? E aí lá no SAI eu pude viver o dia a dia de serviço público, né? Sim. Embora não fosse servidor público ainda, mas eu já tive esse contato. E aí aquela história de... Diga quem tu andas e direi quem tu és. Eu tava no meio de todo mundo que já era concussado, eu via como era a vida daquelas pessoas e falei, é isso que eu quero pra mim.

Junei Martins [00:11:15]:

Gostou.

Ronny Leite [00:11:15]:

Gostei demais da conta. Pronto. Não é aporcionado, né? Tinha... E aí o Alaor Nicolau me emprestou dos primeiros livros que eu li por completo até hoje que era sobre a trajetória pra você se preparar e se esforçar pra conseguir passar em concurso.

Junei Martins [00:11:34]:

Entendi.

Ronny Leite [00:11:35]:

E aí eu me lembro que era lá nesse concurso, quando eu ainda estava como estejário, que saiu esse edital da prefeitura, e aí eu fiz, mas assim, foi o primeiro concurso que eu fiz, e eu fiz assim, só pra ter a experiência mesmo. E aí acabou que passou certo tempo, certo tempo, longo tempo aliás né, e eu fui convocado para essa vaga.

Junei Martins [00:11:54]:

Aí foi só alegria.

Ronny Leite [00:11:55]:

Aí foi só alegria principalmente porque veio momento que eu estava precisando muito de uma estabilidade, né, nessa época minha filha já tinha nascido, foi assim, uma coisa que veio na hora certa.

Junei Martins [00:12:05]:

Compreendi. Rony, você já falhou alguma vez em algum concurso público antes de ser aprovado ou já fez e foi passando direto?

Ronny Leite [00:12:14]:

Você acredita que eu não falhei porque esse foi o único concurso que eu fiz e aí eu passei nele direto.

Junei Martins [00:12:23]:

Você é cara especializado. Então já fica... Eu ia perguntar pra você que quais foram os maiores desafios que você enfrentou até alcançar o seu cargo atual. Concurso não foi, né, Rony? Mas teve que tipo de outros desafios antes de ocupar esse cargo?

Ronny Leite [00:12:45]:

Ah, cara, na época em que eu fazia essa faculdade aqui no Inesp e fazia o estágio no SAI, já era tipo de prova, né? Porque não era fácil. Eu era menor de idade ainda na época, não tinha carteira, andava de bicicleta. Aí eu morava lá no Cidade Nova, trabalhava lá no Sá, lá no Bela Vista, lá em cima, e fazia faculdade à noite lá no Inéspita. Então eu andava muito e torava esse trem cheio de bicicleta. E não era fácil, não.

Junei Martins [00:13:15]:

Realmente. Rony, e como é que você vê hoje a importância da produtividade e da eficiência na sua vida profissional? Que importância que você dá pra isso?

Ronny Leite [00:13:29]:

Cara, Essa questão da eficiência, eu creio que pega muito, pelo menos na minha parte, uma questão pessoal mesmo, porque a gente tá no serviço público e às vezes existem fatores que nos levam a ir pro comodismo e esse tipo de coisa, né? Mas assim, por uma questão pessoal, os resultados ali de rendimento e de fazer as coisas que têm que ser feitas, ter a satisfação de dever cumprido, saber que eu estou entregando o que precisa ser entregue, é o que me move para continuar trabalhando.

Junei Martins [00:14:02]:

Antes de tudo, compromisso consigo mesmo.

Ronny Leite [00:14:04]:

Com certeza.

Junei Martins [00:14:05]:

Tá.

Ronny Leite [00:14:05]:

Até porque a gente passa ali oito horas do dia fazendo alguma coisa, então você tem que chegar no final do dia, no mínimo, com a sensação de dever cumprido.

Junei Martins [00:14:15]:

Entregar alguma coisa.

Ronny Leite [00:14:16]:

Tem que fazer alguma coisa da vida, né?

Junei Martins [00:14:18]:

Pronto. Rony, como manter a produtividade no setor público? Tem uma fórmula? Tem dicas? Como ser produtivo?

Ronny Leite [00:14:28]:

Cara, tá aí desafio pra todo o servidor público, porque, igual a gente estava conversando, o serviço público ele tem inúmeros aspectos que acabam por desmotivar o servidor a continuar a manter nível de rendimento, que seja o que ele realmente consegue entregar. Mas eu acredito que a gente, pra gente conseguir manter isso aí, vai muito sobre isso que eu falei mesmo, de compromisso pessoal consigo mesmo e de entregar o que precisa ser entregue. Aquela sensação de dever cumprido.

Junei Martins [00:14:56]:

Tá, você acredita que o sistema público brasileiro, ele pode ser mais eficiente? E se ele pode, como é que ele pode melhorar a eficiência?

Ronny Leite [00:15:05]:

Ah, isso aí, se tem como ser mais eficiente, não tenha dúvidas, né? Tem muita coisa que dá pra ser melhorada, porque, Infelizmente, existem alguns mecanismos que fazem com que a máquina pública fique muito pesada e muitas vezes ela não consegue entregar aquilo que precisava ser entregue. Mas eu acho que principalmente o fato das avaliações dos servidores, aquela questão de estabilidade, talvez pudesse ser pouco, talvez pudesse ser revista, eu não sei de repente o 0 modo como ela é feita, a questão de dos avanços na carreira também, Às vezes o servidor ele fica ali trabalhando, esperando somente aquelas promoções que são por tempo de serviço e elas chegam com o tempo, independentemente da produtividade do servidor.

Junei Martins [00:15:56]:

Equilibrar melhor a vontade de ganhar com medo de perder no que diz respeito à estabilidade, inclusive?

Ronny Leite [00:16:03]:

Exatamente, e eu acho que seria necessário colocar, desenvolver algum tipo de sistema em que as progressões do servidor, a ascensão na carreira dele, dependesse não somente do tempo de serviço, mas tinha que ser uma coisa mais voltada para o rendimento do servidor, ao invés do tempo de carreira.

Junei Martins [00:16:22]:

A entrega, a produtividade, a meritocracia. Exatamente. Compreendi. Quais são as dicas práticas, Rony, para aquele servidor que deseja ser mais produtivo?

Ronny Leite [00:16:33]:

Isso aí vai variar muito de perfil para perfil. Eu mesmo tenho hábito de anotar as coisas. Isso aí você vai anotando ali as tarefas que você tem que fazer no dia a dia, Seleciona elas por prioridade, vai fazendo primeiro as que você definiu como prioridade, vai riscando ali da sua listinha o que você fez, deixa anotado o que você tem pra fazer no amanhã, que aí chega em casa você nem precisa pensar naquilo mais,

Junei Martins [00:16:58]:

e você tem

Ronny Leite [00:16:59]:

esse controle dos...

Junei Martins [00:17:00]:

Qual é a sensação de riscar uma tarefa concluída? É boa?

Ronny Leite [00:17:05]:

Nossa senhora! Você fala assim, hoje eu fui útil.

Junei Martins [00:17:10]:

Valeu a pena.

Ronny Leite [00:17:11]:

Agora sim, eu fiz alguma coisa. Pronto.

Junei Martins [00:17:13]:

Rony... E

Ronny Leite [00:17:14]:

aí por muitas vezes, principalmente no serviço administrativo, a pessoa vai desenvolvendo pequenas tarefas ali que consomem o seu dia e aí chega no final do dia e ela nem lembra o que foi que ela fez e por muitas vezes pode chegar até com a sensação de ter sido improdutivo, de impotência com relação a tudo que tem que ser feito e não tem essa noção visual de todas as atividades que ela desenvolveu.

Junei Martins [00:17:37]:

Compreendi. Rony, eficiência de lado e do outro lado qualidade de vida. É possível entregar produtividade, ser eficiente e ainda assim ter qualidade de vida?

Ronny Leite [00:17:50]:

Ah, com certeza, né? Com certeza. Essa questão de você conseguir separar a vida pessoal da vida profissional, principalmente, eu acredito, assim, pessoalmente, que você conseguir deixar as coisas do trabalho no trabalho pra chegar em casa com a cabeça livre daquilo ali se você não consegue fazer isso, você tem que ir atrás e resolver esse problema o mais rápido possível porque você estar em casa pensando coisas no serviço e estar no serviço pensando em coisas de casa, você não vai estar em lugar, não vai conseguir fazer tudo que tem que ser feito.

Junei Martins [00:18:22]:

Olha só, você tem que estar por inteiro,

Junei Martins [00:18:23]:

ou num lugar ou no outro, né?

Ronny Leite [00:18:25]:

Esse é o cenário ideal, né?

Junei Martins [00:18:27]:

Compreendi.

Ronny Leite [00:18:28]:

E aí uma coisa que ajuda muito é a questão da lista que eu comentei, né? Você chega no final do expediente, anota as coisas que você tem que fazer no outro dia, fica ali a listinha prontinha, esperando pro outro dia. Você pode ir pra casa tranquilo e fazer as suas coisas pessoais.

Junei Martins [00:18:41]:

Muito bom, mestre Rony. Agora nós vamos avançar pra pouquinho de leveza, pouquinho de descontração aqui no nosso bate-papo. É uma pergunta boba que talvez se o Rony fosse...

Ronny Leite [00:18:55]:

Vamos lá.

Junei Martins [00:18:56]:

Se o Rony fosse super-herói, qual seria o nome desse super herói? E qual seria o seu super poder, Rony Mewki?

Ronny Leite [00:19:09]:

Rapaz, rapaz, vai virar bordão esse negócio aí. Pronto. Eu acredito, cara, que talvez eu fosse o super aprendiz. Ohhhh! Nessa parte eu tenho a facilidade de aprendizado das coisas.

Junei Martins [00:19:24]:

O herói da modéstia, né, Rony? O herói da modéstia, o super aprendiz. Que legal, Rony. Seu prato preferido, Rony? Que mais que a Bruna faz aí que você...

Ronny Leite [00:19:37]:

Meu prato preferido é o prato cheio.

Junei Martins [00:19:40]:

De preferência é bem fundo?

Ronny Leite [00:19:42]:

De preferência é aqueles fundos.

Junei Martins [00:19:44]:

Tá Certo, Rony. O último, na verdade o mais recente livro que o Rony leu. Qual foi, Rony?

Ronny Leite [00:19:52]:

Cara, na verdade eu tô terminando de ler esse aqui. Chama-se Sobre a Brevidade da Vida.

Junei Martins [00:19:57]:

Eita, olha só.

Ronny Leite [00:19:59]:

É livro de filosofia sobre... Eu achei muito a ver com estoicismo, essas coisas. Cara, é livro muito bom.

Junei Martins [00:20:06]:

É bom, é? Tem uma reflexão aí bacana que dá pra você compartilhar conosco já do livro, ou te peguei de muita surpresa, assim?

Ronny Leite [00:20:13]:

Não, tipo assim, eu não vou conseguir citar pro senhor uma frase específica, entre aspas, que eu tirei de lá do livro. Mas a mensagem principal do livro, ela se resume praticamente a essa frase da capa, né? Que é sobre a brevidade da vida.

Junei Martins [00:20:29]:

Tá. A vida é Única e rápida, né? E breve, né?

Ronny Leite [00:20:32]:

Única e breve. E aí o pessoal tem aquela falsa sensação de que a vida é curta, mas na verdade não é. Às vezes a gente perde muito tempo com coisas que são banais. A gente faz muita coisa que a gente nem queria estar fazendo de fato. Muitas vezes as pessoas ficam cercadas de vícios, são cercadas de vícios por todos os lados o tempo todo, então às vezes não é tempo que falta, é uma questão de priorizar o que você realmente quer e fazer o que você realmente quer fazer.

Junei Martins [00:21:03]:

Bom, eu vou avançar para umas perguntas aqui, nós já estamos caminhando para o finalzinho da nossa edição desse episódio do podcast, sobre as questões controversias. Eu ia te perguntar o que você pensa na estabilidade no serviço público. Eu quero crer que você já me adiantou que talvez deva ser algo a ser revisto. Então eu vou ficar com essa sua opinião. Estou errado ou estou certo?

Ronny Leite [00:21:27]:

Está certíssimo.

Junei Martins [00:21:29]:

Tá. Aí eu avanço aqui para uma outra questão, Rony. É possível inovar dentro do setor público? Como inovar no setor público, Rony?

Ronny Leite [00:21:44]:

A inovação, Eu acredito que ela cabe em qualquer lugar. Porque nada é tão bom que seja perfeito. Então, nenhum processo, independente se é no setor público ou no setor privado, não existe nenhum processo que seja tão bom que ele não possa ser melhorado.

Junei Martins [00:21:58]:

Entendi.

Ronny Leite [00:21:59]:

Então, aquela pessoa que está ali trabalhando em determinado processo, em determinada atividade, se ela estiver minimamente atenta, ela vai conseguir enxergar falhas, porque todo processo tem falhas, ela vai conseguir identificar essas falhas e melhorar e acredito que todo tipo de melhora é de certa forma uma inovação. Tá,

Junei Martins [00:22:16]:

Rony, eficiência e empatia, tá? Eficiência e empatia. A eficiência deve vir antes da empatia no serviço público?

Ronny Leite [00:22:28]:

No meu ponto de vista a eficiência não deve vir antes da empatia, nem no setor público, nem em lugar nenhum. Eu acredito que a capacidade de se colocar no lugar do outro talvez seja uma chave valiosíssima para a convivência em sociedade.

Junei Martins [00:22:43]:

Que legal, Rony. Muito bom. Bom, gostei demais desse ensinamento que você compartilhou conosco aí. Na hora que você estiver em casa, esteja em casa e quando estiver no trabalho, esteja no trabalho. É insight bacana, o poder da presença, seus ensinos e suas inspirações, Rony, suas histórias são incríveis e vão servir, certamente, muito de inspiração para a nossa audiência, tá? Acredite nisso, já anotei aqui. E Agora, caminhando para o finalzinho, aquela dica de ouro, Rony, de milhões, antes da gente finalizar, qual seria essa dica de ouro que você daria para as pessoas que estão aí no mesmo percurso que você? Tem concurso aberto aí para a prefeitura e tem gente que quer ser aprovado no concurso público também, que quer ser bem sucedido na vida, né? Casar, ter a esposa, filha, enfim, constituir família. O Rony é uma pessoa de sucesso, é bem sucedido. Qual é, Rony, sua dica de milhões?

Ronny Leite [00:23:46]:

Cara, a dica de milhões é o seguinte, faz o que tem que ser feito. Se você realmente tem o objetivo aí de ingressar nesse caminho e conseguir a sua vaga, você tem que se ajudar a fazer isso. Pra você conseguir passar, você não vai conseguir fazer isso andando com a turma do Barzinho. Você não vai conseguir fazer isso andando com a turma do futebol.

Junei Martins [00:24:07]:

O Barzinho e o futebol não caem no concurso, Rony?

Ronny Leite [00:24:10]:

Não vai cair, não.

Junei Martins [00:24:11]:

Não cai na prova.

Ronny Leite [00:24:13]:

Cerque-se de pessoas que tenham os mesmos objetivos que você. Certamente a caminhada será mais fácil.

Junei Martins [00:24:18]:

Que legal, Rony. Muito obrigado, viu, gente? Brigadão demais, viu, Rony, aí, pelo bate-papo, tá? Fique à vontade para dar tchau para a nossa audiência também, viu?

Ronny Leite [00:24:27]:

Eu que agradeço pelo convite. Foi uma honra. É sempre prazer muito grande falar com o senhor e boa sorte a todos aí que estão nos ouvindo. Espero ter compartilhado, ter ajudado pelo menos pouquinho aí alguém que deseja seguir esse caminho. E ficarei muito feliz se as nossas conversas puderem dar uma luz mínima que seja para alguém aí chegar onde ela quer chegar.

Junei Martins [00:24:48]:

Claro! Rony é uma pessoa iluminada. Obrigado, Rony. Obrigado a você que nos ouviu aí também, a nossa audiência. Não perca o nosso próximo episódio, algum outro convidado igualmente fascinante, igualmente incrível quanto o Rony, tá bom? Você gostou desse episódio, não esqueça de se inscrever aqui no nosso podcast Unai e Por Aí Cast. Comenta, siga também a gente nas redes sociais, tá bom? De momentos emocionantes nos próximos episódios. Valeu, Rony! Muito obrigado por estar aqui com a gente. Obrigado mais uma vez a você, ouvinte. Obrigado por estar conosco. Até a próxima. Valeu, fuii!